terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Virei motoqueira!!

A primeira vez que me aventurei numa scooter foi na Nicarágua. Nunca tinha experimentado e foi como um brinquedo novo. Daqueles que te deixam feliz a beça! Quando cheguei na Tailândia, alugar uma scooter seguia como uma opção barata e excelente pra desbravar e explorar as ilhas, cidades e arredores. Mas agora, chegava o momento de colocar a prova todo o aprendizado dessas "pequenas" aulas e realizar o desejado loop no interior do Laos. O loop é um dos atrativos mais procurados no Laos. A proposta é alugar uma moto (ou uma scooter) e fazer um circuito que começa e termina na mesma cidade, normalmente em 3 ou 4 dias e rodar aproximadamente 500 quilômetros. No caminho estão vilas rurais, cavernas, piscinas naturais, vacas, búfalos, galinhas, além de visuais de perder o fôlego com montanhas gigantes, plantações de arroz e árvores que vivem imersas em águas claras nos incontáveis lagos e rios da rota. Um pouco antes de chegar na "cidade sede" Thakek, ainda estava na dúvida se iria me aventurar, pois iria sozinha e estava buscando coragem para o feito. Quando enfim, decidi ir mesmo sozinha, juntaram-se a mim outros dois amigos e então saímos juntos no primeiro dia rodando os primeiros 100 quilômetros do trajeto. A parada na primeira noite foi num recomendado Guesthouse, com direito a churrasco ao redor da fogueira, ótimas conversas e novos amigos. Uma ótima pedida pra aquecer a noite fria em Thalang. No dia seguinte, meus amigos desistiram da trip, mas logo surgiu outra companhia e assim seguimos num dia intenso de estrada, rodando praticamente 150km até o ponto alto da viagem, a vila de Kong Lor. Essa vila abriga uma caverna imensa, a Kong Lor Cave. Dentro da caverna uma viagem num pequeno barco durante 25 minutos na escuridão, te leva a uma outra pequena vila. Uma experiência bem interessante e misteriosa. A vila de Konglor é um daqueles lugares que facilmente se pode ficar dias. Não há muito o que fazer além da caverna, mas é de uma paz tão grande que caberia esse momento. Enfim, mas era hora de voltar e esse foi o maior desafio. Além de ter que deixar Kong Lor, a estrada que seguia o circuito estava bem esburacada, exigindo molejo e paciência. No fim desse caminho, antes de pegar a "auto estrada", me separei do meu companheiro de trip e segui com outras duas motocas em direção a cidade. Já era noite quando cheguei depois de viajar apenas os últimos 10 km totalmente sozinha. No total rodei 455,20 quilômetros!! O Laos vai te conquistando aos poucos e consegue! Dias lindos e azuis por aqui!






















quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Monte Fuji


Esse eram um dos lugares que eu pensava em ver no Japão. É possível ver o Monte de várias cidades, inclusive da torre de Tóquio em dias claros. Hakone é uma das cidades. Talvez seja um dos pontos mais turísticos, mas é um lugar bonito e com bastante estrutura, então acho que vale a viagem. Comprei um passe para dois dias que incluía todos os transportes (trem, ônibus, teleférico, barco e cable car). Saí cedo de Tóquio e lá no meio do caminho, avistei o Fuji pela primeira vez. Que emoção! Ele é tão grandioso e carrega o mistério que me encanta nos vulcões. Como havia deixado minha mochila grande na Meg, segui para explorar a região deixando pra chegar no hostel apenas pra dormir. Da estação de Shinjuko, peguei um trem até Odawara. De lá outro trem até Hakone e depois um ônibus até o ponto de observação do Fuji. O dia estava lindo, limpo e foi incrível poder vê-lo tão claramente. Esse roteiro te permite “turistar” de forma circular, então depois de passar um bom tempo admirando o "bonito", peguei um barco que faz uma pequena travessia até a estação do teleférico onde é possível apreciar o Fuji de outro ângulo. Uma das paradas é próximo a uma outra área vulcânica, onde é cheiro de enxofre é bem marcante. Inclusive é lá que eles vendem ovos cozidos na água vulcânica e por isso a casca é preta. E como é pra turista, não se pode comprar um só, apenas um “kit” com cinco, ou seja, teve ovo na janta, café e almoço do dia seguinte...rs. No outro dia fui conhecer o Hakone Open Air museum que por sorte estava ao lado do hostel. Um lugar delicioso que dá pra ficar caminhando por horas, apreciando as obras ou apenas curtindo o silêncio e a natureza. Com obras instigantes em meio a árvores e com vista para a floresta, foi um lindo passeio pra fechar o dia em Hakone. Hora de voltar pra Tóquio, pra pegar a estrada rumo a Kyoto, o próximo destino.
















segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Explorando Tóquio


Tóquio é uma cidade com 10 bilhões de pessoas! É gente pra todo o lado e é surpreendente como é um lugar limpo. E não é porque tem gari limpando o tempo todo. Simplesmente porque não tem sujeira e lixo no chão. Eu na verdade não vi nenhum gari varrendo a rua, nos vinte dias que estive lá. Meg me contou que normalmente o japonês não come ou bebe caminhando na rua. Isso porque ele pode esbarrar em alguém e ter um incidente inesperado, podendo prejudicar o outro caso ele tenha um compromisso importante, por exemplo. E essa atitude ajuda a manter a cidade assim, brilhando. E quase não se encontram lixeiras, ou seja, é uma questão cultural mesmo. Se tem um lixo e não achar uma lixeira, leva pra casa e pronto. E mesmo com essa monteira de gente, a cidade funciona muito bem, de forma muito prática. Um dos exemplos que já se tornaram famosos, é a organização e o respeito no metro. Oras, eles sabem que duas pessoas não podem ocupar o mesmo lugar, então esperaram todos (todos!) descerem do vagão antes de começarem a entrar, seguindo a fila, claro. Não é tão simples? Sempre podemos aprender com bons exemplos (então, fica a dica...rs). E o metro é lotado, tipo lata de sardinha mesmo...rs. Sábado me mudei pra casa da Meg depois de me perder um pouco e descobrir que alguns prédios tem o nome muito parecido. Nesse dia tive uma breve aula de culinária japonesa e aprendi a fazer guioza. A comilança foi grande e o programa caseiro foi uma beleza. Meu quarto dia em Tóquio foi um pouco mais turístico e contemplou o belo jardim do palácio imperial, a estação de Tóquio, o famoso bairro Ginza com suas grandes lojas, minha foto no café, o cruzamento mais movimentado do mundo em Shibuya e mais uma figura clássica do Golden Gai onde encerramos a noite em belo estilo, com música e tudo.